sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Para além do que não sei


No cristal da memória
Escutam ainda, pálidas,
as vozes de outrora.
Puras horas sem fim
Que num olhar encerra
A tarde que irrompe na garganta.
Simplesmente
Tenta ser
Pedra, areia, ou silêncio
Que agora poema
Me encerra os lábios.

Apenas...


As minhas outras palavras
São aquelas que não nascem
Que não morrem
Na infinitude do Tempo finito
Do tempo que não sabe existir.
E para lá de tudo
Do Presente
Do Passado
Há ainda a ausência
Do que persiste e insiste
E teima em lutar...

Será que o Presente
Não se confunde com o Passado?
Será que o Futuro
Não é um Presente adiado?

«Tempo, imesurável tempo,
tão fugazes são as espécies que te medem...»
(não me lembra agora o autor)

E eis que voltei a escrever...
Como no Passado;
Como no Futuro.

E não fui ver o mar...

domingo, 26 de agosto de 2007

E agora?


Agora existe o vazio. O espaço por preencher que me acompanhou em todos estes anos... e agora o que fazer na tua ausência?