quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Quimera


Quero tanto dizer adeus
e não consigo
Quero tanto que não sejas meu e já o és
Como um perpetuo delírio
Que me aprisionou de vez.

Quisera eu sair, libertar-me
De tudo aquilo que sonhei e hoje tenho
De tudo aquilo que desejei
e agora é meu.

Mas como não o serás, agora eu deixo
Como um delírio que me assombra
e me persegue
Quisera eu dizer que já não quero
Quisera eu dizer que não preciso.

Quem sabe se será feitiço
Aquilo que por ti sinto
e o que por mim sentes
nesta quimera...

Agora que tenho alma e ser e sinto
Quero voltar ao ser oco que eu era.
E ficar para sempre assim
incandescente
E ficar assim nesta agonia eternamente.

Quisera eu saber
e não diria
o quanto eu te amo
sem que me impeças...